EU e ELA NÓS (PÓSTUMOS).
DESPERTEI e ainda durmo.
O meu corpo, moído, diz-me que é muito cedo ainda.
Um vento sopra as cinzas do amor que morreu.
Com uma lentidão confusa tento entender.
E quem é esta mulher que comigo nua,
Veste-se apressada.
Quem é essa mulher que desconheço total.
E que tínhamos esquecidos do tempo, e do espaço
È provável que ali vivemos horas de amor
Certamente com sentidos.
Nenhum de nós tem nome ou existência plausível.
Se pudesse, daria um ponto de inicio a nossa imaginação.
Loucura de sonho naquele silêncio alheio?
A nossa vida era toda a vida...
O nosso amor era o perfume da dor.
Vivemos horas impossíveis, de ser descritas.
E isto, porque sabíamos, com toda a carne da nossa carne,
Que não éramos uma realidade.
Quando emergimos de repente ante de estagnar-mos
Ali aquelas cenas eram reais demais.
Olhos rasos de água, olhos parados cheios de emoção
E nós, caminhando sempre e sem o saber
Porque nos queríamos tanto.
Nem mesmo éramos coisa alguma.
Não tínhamos vida.
Éramos tão tênues e rasteirinhos
Que o vento do decorrer tempo nos deixara inúteis
E a hora passava por nós acariciando-nos
Como uma brisa pelo cimo de uma palmeira.
Não tínhamos época nem propósito.
Toda a finalidade das coisas
Ficara à porta daquele paraíso de ausência.
Éramos alma estendida nas folhas do tempo
Foi assim que morremos.
Zumbe uma mosca, incerta e mínima.
Senhores prossigam com o cortejo fúnebre.
12/01/2010
Adaptação do livro de Fernando Pessoa (O Eu profundo e os outros Eus).
NADA SERÁ COMO ANTES - WOODSTOCK SERÁ NO BRASIL
.
Vem ai o Rock in Rio esperamos que ocorra como em 69 num clima de paz e amor, é claro que os tempos são outros e o Rock sofreu mudanças e as pessoas também.
Vamos relembrar Woodstock.

Primeiro, a viagem no DeLorean do Sr. McFly para fazer o resgate histórico completamente desnecessário, mas que eu adoro.
Woodstock Music & Art Fair, popularmente conhecido como Woodstock ou Festival de Woodstock, aconteceu em uma fazenda na cidade rural de Bethel, em Nova York.
Foram "três dias de paz e música", entre os dias 15 de agosto e 18 de agosto de 1969. Sobre o contexto da época, o festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 60.
Durante os três dias, 35 artistas passaram pelo palco, entre eles promessas da época como Santana, ídolos como The Who, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Creedence, além de bandas pouco menos conhecidas mas que se envolveram completamente na atmosfera hippie do festival.
Agora, embarcando novamente naquele carrinho que nos leva para o passado e para o futuro numa facilidade incrível sem criar paradoxos nenhum.
Bom, a ideia atual é recriar todo aquele festival em pleno século XXI, sem todos aqueles hippies, sem todo o conceito que envolvia a época e, obviamente, sem chegar nem perto do contexto que os anos 60 estavam envolvidos, isso que eu nem falei das bandas. Será que vai dar certo?
Os organizadores originais de Woodstock, o empresário Eduardo Fischer, do Maquinaria, e Perry Farrel, organizador do Lollapalooza, estão preparando a Fazenda Maeda, em Itu, para receber um festival de tal magnitude, nos dias 7, 8 e 9 de outubro.
Entre as atrações cotadas estão Foo Fighters, Bob Dylan, Smashing Pumpkins, Rage Against the Machine, Pearl Jam, Limp Bizkit e, segundo informações da A2Media, Green Day e Linkin Park já estariam confirmados.
Em plena era em que a palavra mais citada é sutentabilidade, talvez esse Festival venha para concretizar a ideia de conscientização da sustentabilidade.
As informações completas ainda não foram liberadas, nem valor de ingresso e parece que ainda tem muitas outras bandas a serem confirmadas. Fiquem ligados no DeGaragem para saber mais deste festival. Só fica uma última pergunta se naquela época o nome era Woodstock, porque era pra ser realizado na cidade de Woodstock, então aqui vai se chamar Itu?

Bom, nenhuma das tentativas de emular esse festival deram certo, não tenho porque ter confiança de que este, logo no Brasil, dará. Mas é esperar pra ver. Mesmo que não se iguale ao Woodstock, com certeza vai ser um dos maiores eventos de música já realizados no Brasil. E o certo seria não compará-lo, simplesmente se basear no original.
.Credito - http://eubazi.blogspot.com/2010/04/woodstock-2010-sera-no-brasil.html
Vem ai o Rock in Rio esperamos que ocorra como em 69 num clima de paz e amor, é claro que os tempos são outros e o Rock sofreu mudanças e as pessoas também.
Vamos relembrar Woodstock.

Primeiro, a viagem no DeLorean do Sr. McFly para fazer o resgate histórico completamente desnecessário, mas que eu adoro.
Woodstock Music & Art Fair, popularmente conhecido como Woodstock ou Festival de Woodstock, aconteceu em uma fazenda na cidade rural de Bethel, em Nova York.
Foram "três dias de paz e música", entre os dias 15 de agosto e 18 de agosto de 1969. Sobre o contexto da época, o festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 60.
Durante os três dias, 35 artistas passaram pelo palco, entre eles promessas da época como Santana, ídolos como The Who, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Creedence, além de bandas pouco menos conhecidas mas que se envolveram completamente na atmosfera hippie do festival.
Agora, embarcando novamente naquele carrinho que nos leva para o passado e para o futuro numa facilidade incrível sem criar paradoxos nenhum.
Bom, a ideia atual é recriar todo aquele festival em pleno século XXI, sem todos aqueles hippies, sem todo o conceito que envolvia a época e, obviamente, sem chegar nem perto do contexto que os anos 60 estavam envolvidos, isso que eu nem falei das bandas. Será que vai dar certo?
Os organizadores originais de Woodstock, o empresário Eduardo Fischer, do Maquinaria, e Perry Farrel, organizador do Lollapalooza, estão preparando a Fazenda Maeda, em Itu, para receber um festival de tal magnitude, nos dias 7, 8 e 9 de outubro.
Entre as atrações cotadas estão Foo Fighters, Bob Dylan, Smashing Pumpkins, Rage Against the Machine, Pearl Jam, Limp Bizkit e, segundo informações da A2Media, Green Day e Linkin Park já estariam confirmados.
Em plena era em que a palavra mais citada é sutentabilidade, talvez esse Festival venha para concretizar a ideia de conscientização da sustentabilidade.
As informações completas ainda não foram liberadas, nem valor de ingresso e parece que ainda tem muitas outras bandas a serem confirmadas. Fiquem ligados no DeGaragem para saber mais deste festival. Só fica uma última pergunta se naquela época o nome era Woodstock, porque era pra ser realizado na cidade de Woodstock, então aqui vai se chamar Itu?

Bom, nenhuma das tentativas de emular esse festival deram certo, não tenho porque ter confiança de que este, logo no Brasil, dará. Mas é esperar pra ver. Mesmo que não se iguale ao Woodstock, com certeza vai ser um dos maiores eventos de música já realizados no Brasil. E o certo seria não compará-lo, simplesmente se basear no original.
.Credito - http://eubazi.blogspot.com/2010/04/woodstock-2010-sera-no-brasil.html
Esboço de Mim - O livro meu - Poesias
terça-feira, 31 de maio de 2011
GARGANTA
È a lei da vida
Na despedida de quem tu amas
Na garganta um nó, não te deixa falar.
No peito uma dor imensa
Ninguém pensa um dia deixar.
Seu amor, sua amada sem chorar.
È o nó no peito do sujeito
Sem jeito, não fala gagueja.
È o som do amor
Da amada que seja.
È tom maior da cantiga
Das velhas rodas da infância
È o nó é o ninho
È o vinho, é o linho branco no clarão.
È a dor do sujeito
Nas lagrimas que correm ao chão
Sai da alma, do ego que esfrego os olhos da vida.
Derramo pela escada da amada
Que analisada chora sentida.
È a garganta que não canta!
È o nó é o pó é a dor de deixar você.
Não carece prece, porém merece mecê
Que eu cante uma canção comprida
Que fala da vida em ré maior
È o nó é o pó é a dor de deixar você.
22/05/2009
È a lei da vida
Na despedida de quem tu amas
Na garganta um nó, não te deixa falar.
No peito uma dor imensa
Ninguém pensa um dia deixar.
Seu amor, sua amada sem chorar.
È o nó no peito do sujeito
Sem jeito, não fala gagueja.
È o som do amor
Da amada que seja.
È tom maior da cantiga
Das velhas rodas da infância
È o nó é o ninho
È o vinho, é o linho branco no clarão.
È a dor do sujeito
Nas lagrimas que correm ao chão
Sai da alma, do ego que esfrego os olhos da vida.
Derramo pela escada da amada
Que analisada chora sentida.
È a garganta que não canta!
È o nó é o pó é a dor de deixar você.
Não carece prece, porém merece mecê
Que eu cante uma canção comprida
Que fala da vida em ré maior
È o nó é o pó é a dor de deixar você.
22/05/2009
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Poesia
ESBOÇO DE MIM - O livro meu - Poesias
DEUSES!!
Ontem a tarde contemplei o Deus Sol,
Quando já ia dormir.
Admirei a Deusa Lua
Que nascia no horizonte do meu sertão.
Embevecido da sua luz,
Acabei adormecendo de tanto êxtase.
Pela manhã quando acordei,
Deus Sol estava despertando,
E com ele os pássaros, as borboletas,
As flores e as arvores do meu sertão.
Quando senti sede, não hesitei, marchei até o ribeirão,
Bebi água cristalina da cascata que reluz,
La no fundo a Deusa cor de prata.
Tomado de tanta beleza perguntei a mãe natureza
Onde estava a prisão?
Ela me respondeu, bem baixinho.
Aqui no fundinho do meu coração.
Vá Poeta! Leve a minha resposta.
Aqui na selva não tem prisão,
Aqui não tem maldade,
Quando se mata é para a alimentação.
De quem esta sobre a Terra, ou sob o chão.
Aqui todos são livres e obedecem ao coração,
È diferente dos homens que cultuam a desigualdade,
A cor da pele, a escravidão.
O mundo estava em ordem,
Agora veja o turbilhão,
O homem que hora mato,
Já dei a ele remédio
Porém ele curou o tédio com outras plantações.
Preparou a Canabis Sativa
Com água do ribeirão
Inventou nocivos liquidos
E agora morre do coração
Dou e a ele remédio,
Ele mata seus irmãos!
Porque homem? Porque?
Tanta confusão!
02/01/2009
Ontem a tarde contemplei o Deus Sol,
Quando já ia dormir.
Admirei a Deusa Lua
Que nascia no horizonte do meu sertão.
Embevecido da sua luz,
Acabei adormecendo de tanto êxtase.
Pela manhã quando acordei,
Deus Sol estava despertando,
E com ele os pássaros, as borboletas,
As flores e as arvores do meu sertão.
Quando senti sede, não hesitei, marchei até o ribeirão,
Bebi água cristalina da cascata que reluz,
La no fundo a Deusa cor de prata.
Tomado de tanta beleza perguntei a mãe natureza
Onde estava a prisão?
Ela me respondeu, bem baixinho.
Aqui no fundinho do meu coração.
Vá Poeta! Leve a minha resposta.
Aqui na selva não tem prisão,
Aqui não tem maldade,
Quando se mata é para a alimentação.
De quem esta sobre a Terra, ou sob o chão.
Aqui todos são livres e obedecem ao coração,
È diferente dos homens que cultuam a desigualdade,
A cor da pele, a escravidão.
O mundo estava em ordem,
Agora veja o turbilhão,
O homem que hora mato,
Já dei a ele remédio
Porém ele curou o tédio com outras plantações.
Preparou a Canabis Sativa
Com água do ribeirão
Inventou nocivos liquidos
E agora morre do coração
Dou e a ele remédio,
Ele mata seus irmãos!
Porque homem? Porque?
Tanta confusão!
02/01/2009
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Poesia
HOSPITAL DOS HORRORES
HOSPITAL DOS HORRORES
Seis e meia da manhã, estou quase a morrer de dor, dirijo-me ao Hospital, o único que há na cidade.
Chego, olho de um lado a outro, não vejo ninguém. Instante depois surge um sujeito com cara de poucos amigos e eu interpelo:
- Bom dia aqui é a emergência?
- Sim. Responde o homem.
Então com minha angustia, digo a ele que estou com muita dor, e ele não se compadece.
- Estou com muito dor no tornozelo, deve ser um ataque agudo.
- O atendimento começa às sete horas.
Consulta o relógio, eu também consulto o meu e o homem some porta adentro do hospital.
O tempo passa lentamente para quem esta com dor, e aquele homem que não volta mais. Minhas dores aumentando, quase insuportável e meu problema longe de ser resolvido. Mas de repente ouço um barulho de chaves, alguém vindo na direção da porta. E um barulho corta aquele silencio. O barulho de uma chave do tipo senoide e abre-se uma porta grande com dobradiças rangendo, aparece uma moça, uma simpática enfermeira. A interpelo também com meus argumentos, e ela chama apressadamente outra pessoa.
- Fulano! Fulano! Fulaninho!!
E nada, ela entra porta adentro, tranca-a e desaparece.
Dez minutos depois, aparece outra moça, uma enfermeira, trás consigo um estetoscópio pendurado ao pescoço, não fala nada, abre uma porta lateral, arruma uma cadeira velha e sai novamente.
Já não agüentando mais de tanta dor, iria esperar quanto tempo mais? Olhei para a porta lateral e me dei conta de uma placa na parte superior. “Atendimento”. Dirijo-me para aquela cadeira e sentei-me próximo a mesa.
O tempo passou, olhava no relógio pendurado na parede, nada de atendimento, o ponteiro dava lentamente uma volta parecia que não queria fazer aquilo, a placa me incomodava aquilo me incomodava.
Angustiado ao dolorido tempo, lento demais para ser o tempo normal, Consultei o relógio mais uma vez e nada, já eram sete horas e quarenta e cinco minutos e ninguém tinha me atendido. Pensei – Se morrer aqui ninguém vai saber que morri de tão deserto que estava àquele ambiente.
O barulho da senoide corta mais uma vez o silencio, novamente a porta se abre e uma moça toda de branco (sisuda) aparece novamente, desta vez fala comigo.
- Senhor, vamos trocar de cadeira.
Levanto e ela troca a cadeira, pega o estetoscópio e pede que eu estenda o braço. Obedeço e começa a medição. Mede uma, duas, três vezes a minha pressão. Fica em silencio e eu pergunto:
- Algum problema?
- Sim o aparelho esta descalibrado.
- Ufa! Ainda bem que não sou! Digo.
- Mas o senhor esta com 15x11.
- Isso significa o que?
- O senhor é hipertenso?
- Não! Não sou.
- O medico é que vai dizer. Aguarde na ante-sala.
Ficha na mão, dor no tornozelo, a moça sumiu novamente, será que aquela fala “aguarde na ante-sala significa demorar muito”?
Oito horas e quinze minutos, entra o sujeito com cara de poucos amigos, arrasta uma velha cadeira, abre uma gaveta, pega um molho de chave, escolhe uma das chaves e tranca a grande porta.
- Amigo! Vai demorar para me atenderem? Ele me olha com olhar de peixe morto, abaixa a cabeça e nada responde. Acho que ele não me ouviu. Penso. Arrisco mais uma vez.
- Amigo? Qual o médico esta de plantão?
- Não sei.
O sujeito remexe uma gaveta pega um controle remoto, olha pra TV e aperta o botão.
Arrumo-me no banco, da ante-sala e o tempo não passa. Agora assisto tv. Desenho de toda sorte, Ana Maria Braga. Desenhos. E começa o jogo do Brasil.
Cada chute que os jogadores davam na bola, doía no meu pé tamanha era minha dor.
No inicio do segundo tempo, aquela senóide rasga minha concentração outra vez. Aquela porta se abre e aparece outra pessoa de branco, traz uma prancheta, deixa a sobre a mesa do sujeito sisudo que a esta altura do campeonato já havia ganhado um apelido, dado por mim. São Pedro – o homem da chave - devido ao imenso molho de chave que o mesmo transporta.
Se esse desgraçado tem jeito de São Pedro, duas coisas podem ter acontecido: A primeira - que já estou morto e essa porta deve a porta do céu ou do inferno. E a segunda – menos mal – é que estou delirando de tanta dor.
Passaram se vários minutos chegaram mais pessoas cada uma com um problema diferente e foram sentando ali naquele banco. E o tempo passando!
Durante o tempo em que fiquei ali, muitas pessoas estiveram comigo: A minha Chefe, ela entra olha de um lado para o outro, me avista, vem ao meu encontro sorridente, e fala rapidamente do meu problema, brinca dizendo que tenho que me cuidar mais e logo vai embora.
O barulho da senoide rompe mais uma vez o silencio e a moça de branco com a prancheta na mão chama:
- Senhor . . .
Nem era preciso chamar pelo meu nome, levantei fui ao seu encontro. Disse com meus botões: Graças a Deus. E para minha sorte o medico era conhecido. Entro no consultório, digo bom dia, o medico nem liga, diz que vão fazer alguns exames em mim. Encaminha-me ao ambulatório, tiram meu sangue, mandam deitar-me numa cama e aguardar.
No leito, deitado ainda com dor, começo a pensar na vida. São dez horas da manhã. O tempo passa e nada nem remédio, nem doutor, nem exames, nada. Aparece uma senhora pela vestimenta é a cozinheira e pergunta se quero almoçar. Olho no relógio são onze horas, digo que sim, ela vai embora e uma hora depois volta com um marmitex.
O tempo passa! ...
Quinze horas – Estou deitado aguardando um remédio.
Quinze e trinta – aparece minha ex-mulher me cumprimenta, pergunta o que foi, respondo e ela vai embora.
Dezesseis horas – volta a minha ex com uma garrafa de chá e pede que eu tome.
- Vai ser bom! É diurético.
Reluto, ela insiste e sai. O barulho miserável daquela senoide insiste em me irritar a cada momento. Há esta hora já tenho companhia no quarto, uma jovem senhora esta com seu filinho doente, e estabelecemos um dialogo cortês, ela conta parte de sua historia eu conto parte da minha, para passar o tempo.
Dezessete horas: A moça da prancheta aparece e diz:
- Seus exames ficaram prontos, siga-me até o consultório medico.
Chegando ao consultório, estranho, não é mais o mesmo médico, este agora fala todo enrolado não é espanhol, nem portunhol, mas tudo bem sento e aguardo.
O medico sem me olhar escreve várias papeletas, depois me diz:
- Aqui estas um permisso para una semana, La receita, el senior tienes quy comprar os remédios, em La farmácia, qui no ai.
- Sênior nom puedes comer la rabada nem la buchadas, precisa emagrecer, nom puedes tomar álcool, nien tampouco comidas ermosa.
- Ok! (quase morrendo de dor), Da vontade de socar a cara do medico, porém enquanto esperava, li um recado na parede “Pena a quem agredir funcionário publico. Acho que eram duzentos anos de prisão, não sei, estava com tanta dor que nem quis ler aquela droga de anuncio, ou sei la do que devo chamar aquilo.
Pego todos aqueles papeis sem entender bem o que havia acontecido, ainda sentindo as mesmas dores, a senoide toca mais vez e irritado exclamo: Droga! Isso é a casa dos horrores. Saio e vou embora com dores, agora era bem mais aguda
GERYSMAR FERNANDES
Seis e meia da manhã, estou quase a morrer de dor, dirijo-me ao Hospital, o único que há na cidade.
Chego, olho de um lado a outro, não vejo ninguém. Instante depois surge um sujeito com cara de poucos amigos e eu interpelo:
- Bom dia aqui é a emergência?
- Sim. Responde o homem.
Então com minha angustia, digo a ele que estou com muita dor, e ele não se compadece.
- Estou com muito dor no tornozelo, deve ser um ataque agudo.
- O atendimento começa às sete horas.
Consulta o relógio, eu também consulto o meu e o homem some porta adentro do hospital.
O tempo passa lentamente para quem esta com dor, e aquele homem que não volta mais. Minhas dores aumentando, quase insuportável e meu problema longe de ser resolvido. Mas de repente ouço um barulho de chaves, alguém vindo na direção da porta. E um barulho corta aquele silencio. O barulho de uma chave do tipo senoide e abre-se uma porta grande com dobradiças rangendo, aparece uma moça, uma simpática enfermeira. A interpelo também com meus argumentos, e ela chama apressadamente outra pessoa.
- Fulano! Fulano! Fulaninho!!
E nada, ela entra porta adentro, tranca-a e desaparece.
Dez minutos depois, aparece outra moça, uma enfermeira, trás consigo um estetoscópio pendurado ao pescoço, não fala nada, abre uma porta lateral, arruma uma cadeira velha e sai novamente.
Já não agüentando mais de tanta dor, iria esperar quanto tempo mais? Olhei para a porta lateral e me dei conta de uma placa na parte superior. “Atendimento”. Dirijo-me para aquela cadeira e sentei-me próximo a mesa.
O tempo passou, olhava no relógio pendurado na parede, nada de atendimento, o ponteiro dava lentamente uma volta parecia que não queria fazer aquilo, a placa me incomodava aquilo me incomodava.
Angustiado ao dolorido tempo, lento demais para ser o tempo normal, Consultei o relógio mais uma vez e nada, já eram sete horas e quarenta e cinco minutos e ninguém tinha me atendido. Pensei – Se morrer aqui ninguém vai saber que morri de tão deserto que estava àquele ambiente.
O barulho da senoide corta mais uma vez o silencio, novamente a porta se abre e uma moça toda de branco (sisuda) aparece novamente, desta vez fala comigo.
- Senhor, vamos trocar de cadeira.
Levanto e ela troca a cadeira, pega o estetoscópio e pede que eu estenda o braço. Obedeço e começa a medição. Mede uma, duas, três vezes a minha pressão. Fica em silencio e eu pergunto:
- Algum problema?
- Sim o aparelho esta descalibrado.
- Ufa! Ainda bem que não sou! Digo.
- Mas o senhor esta com 15x11.
- Isso significa o que?
- O senhor é hipertenso?
- Não! Não sou.
- O medico é que vai dizer. Aguarde na ante-sala.
Ficha na mão, dor no tornozelo, a moça sumiu novamente, será que aquela fala “aguarde na ante-sala significa demorar muito”?
Oito horas e quinze minutos, entra o sujeito com cara de poucos amigos, arrasta uma velha cadeira, abre uma gaveta, pega um molho de chave, escolhe uma das chaves e tranca a grande porta.
- Amigo! Vai demorar para me atenderem? Ele me olha com olhar de peixe morto, abaixa a cabeça e nada responde. Acho que ele não me ouviu. Penso. Arrisco mais uma vez.
- Amigo? Qual o médico esta de plantão?
- Não sei.
O sujeito remexe uma gaveta pega um controle remoto, olha pra TV e aperta o botão.
Arrumo-me no banco, da ante-sala e o tempo não passa. Agora assisto tv. Desenho de toda sorte, Ana Maria Braga. Desenhos. E começa o jogo do Brasil.
Cada chute que os jogadores davam na bola, doía no meu pé tamanha era minha dor.
No inicio do segundo tempo, aquela senóide rasga minha concentração outra vez. Aquela porta se abre e aparece outra pessoa de branco, traz uma prancheta, deixa a sobre a mesa do sujeito sisudo que a esta altura do campeonato já havia ganhado um apelido, dado por mim. São Pedro – o homem da chave - devido ao imenso molho de chave que o mesmo transporta.
Se esse desgraçado tem jeito de São Pedro, duas coisas podem ter acontecido: A primeira - que já estou morto e essa porta deve a porta do céu ou do inferno. E a segunda – menos mal – é que estou delirando de tanta dor.
Passaram se vários minutos chegaram mais pessoas cada uma com um problema diferente e foram sentando ali naquele banco. E o tempo passando!
Durante o tempo em que fiquei ali, muitas pessoas estiveram comigo: A minha Chefe, ela entra olha de um lado para o outro, me avista, vem ao meu encontro sorridente, e fala rapidamente do meu problema, brinca dizendo que tenho que me cuidar mais e logo vai embora.
O barulho da senoide rompe mais uma vez o silencio e a moça de branco com a prancheta na mão chama:
- Senhor . . .
Nem era preciso chamar pelo meu nome, levantei fui ao seu encontro. Disse com meus botões: Graças a Deus. E para minha sorte o medico era conhecido. Entro no consultório, digo bom dia, o medico nem liga, diz que vão fazer alguns exames em mim. Encaminha-me ao ambulatório, tiram meu sangue, mandam deitar-me numa cama e aguardar.
No leito, deitado ainda com dor, começo a pensar na vida. São dez horas da manhã. O tempo passa e nada nem remédio, nem doutor, nem exames, nada. Aparece uma senhora pela vestimenta é a cozinheira e pergunta se quero almoçar. Olho no relógio são onze horas, digo que sim, ela vai embora e uma hora depois volta com um marmitex.
O tempo passa! ...
Quinze horas – Estou deitado aguardando um remédio.
Quinze e trinta – aparece minha ex-mulher me cumprimenta, pergunta o que foi, respondo e ela vai embora.
Dezesseis horas – volta a minha ex com uma garrafa de chá e pede que eu tome.
- Vai ser bom! É diurético.
Reluto, ela insiste e sai. O barulho miserável daquela senoide insiste em me irritar a cada momento. Há esta hora já tenho companhia no quarto, uma jovem senhora esta com seu filinho doente, e estabelecemos um dialogo cortês, ela conta parte de sua historia eu conto parte da minha, para passar o tempo.
Dezessete horas: A moça da prancheta aparece e diz:
- Seus exames ficaram prontos, siga-me até o consultório medico.
Chegando ao consultório, estranho, não é mais o mesmo médico, este agora fala todo enrolado não é espanhol, nem portunhol, mas tudo bem sento e aguardo.
O medico sem me olhar escreve várias papeletas, depois me diz:
- Aqui estas um permisso para una semana, La receita, el senior tienes quy comprar os remédios, em La farmácia, qui no ai.
- Sênior nom puedes comer la rabada nem la buchadas, precisa emagrecer, nom puedes tomar álcool, nien tampouco comidas ermosa.
- Ok! (quase morrendo de dor), Da vontade de socar a cara do medico, porém enquanto esperava, li um recado na parede “Pena a quem agredir funcionário publico. Acho que eram duzentos anos de prisão, não sei, estava com tanta dor que nem quis ler aquela droga de anuncio, ou sei la do que devo chamar aquilo.
Pego todos aqueles papeis sem entender bem o que havia acontecido, ainda sentindo as mesmas dores, a senoide toca mais vez e irritado exclamo: Droga! Isso é a casa dos horrores. Saio e vou embora com dores, agora era bem mais aguda
GERYSMAR FERNANDES
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A coisa mais injusta sobre a vida
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
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MESTRE PAULO
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Mestre Paulo era um matuto, porém não analfabeto como muitos pensavam. E sempre dizia: Toda palavra escrita se for a verdade dói ou nos cria problemas. Toda palavra é um juízo de valor. Por trás de “certo”, por exemplo, está a idéia de que a linha é mais digna que a curva, que há mais virtude na certeza que na dúvida. Da mesma forma, “errado” coloca o andar sem rumo – errância – como indigno, de valor duvidoso.
Seguindo essa linha de raciocínio, então, a palavra “covardia” sempre me intrigou, por seus dois significados. Pode ser interpretado tanto como algo violento, que o forte comete contra o fraco, como ser também vista pelo lado da timidez existencial que impede o espectador de interferir quanto presencia a violência. Vendo por esse ângulo, não é injusto pôr no carrasco e na testemunha o mesmo rótulo.
Ia o Mestre num dia de domingo, na Rua do Bosque, em Vilarejo (cidade imaginaria, surgida nos sonhos e devaneios do autor do texto), por volta de 12h00minh (meio dia), dois sujeitos torturaram um morador de rua. No mesmo domingo, na mesma rua, em Vilarejo, por volta de 12h00minh (meio dia), pedestres assistiam calados à tortura.
Um dos pedestres! Eu.
Da calçada oposta, assistindo à cena, parado ao lado de uma senhorinha com sacolas do supermercado, um sujeito “fortão” de camisa regata, vindo não sei de onde e uma garota saindo da mercearia, com um pacote de absorvente nas mãos. Entendi que os dois sentidos da palavra covardia são os lados da mesma moeda: dois pólos, positivo e negativo, sem os quais a corrente da maldade não viaja da intenção ao ato. Portanto só pode existir a covardia do carrasco se a covardia das testemunhas permitirem.
Isso torturou Mestre Paulo durante a noite, não conseguia dormir, as palavras; certo errado, covardia, decência e mais uma infinidade de adjetivos, vinham a sua mente em relampejos que ofuscavam sua mente e seu sagrado sono.
Para torturar o morador de rua, os sujeitos utilizavam um objeto escuro, que parecia um revólver de verdade ou de brinquedo. Observando melhor, não! Nada do que pensava, era uma “Taser” e de brinquedo não tem nada. Alem de baterem no miserável, aquela arma quando disparada a distância, por um dos torturadores lançava dardos presos a fios. Os dardos dão um choque, capaz de derrubar um adulto e deixá-lo imóvel por alguns segundos, Aquela arma até então eu sabia, era usada pela policia. Evita, assim, que seja necessária uma bala de chumbo para desarmar um bandido. Pois bem o problema é que a “Taser” também funciona sem os dardos: seu cano, encostado ao corpo, dá choques elétricos.
Mestre já havia lido nos jornais, havia um bom tempo, que a polícia de alguns estados brasileiros estudavam a adoção da tecnologia. Muito bom que haja uma alternativa à arma de fogo, diziam os otimistas. Muito ruim que haja uma alternativa ao fio desencapado, alertaram os realistas.
Todos aqueles que eram contra, ainda tinham vivo na memória as atrocidade cometida pela forças armadas em Xambioá no Para, na época da guerrilha do Araguaia.
Ao condenar as testemunhas onde eu era uma delas com a mesma pena dos verdugos, a palavra “covardia” as transforma em cúmplices, eu era cúmplice de uma pendenga da qual era mero espectador. Tirando-as da posição de espectadores passivos e lhes dando a responsabilidade pelo ato que está a ser cometido, lhes traz o dever e a possibilidade de intervir. Então eu era um covarde. A palavra tem em si, portanto, o fardo e a benção da modernidade. Fardo por dizer que, haja o que houver à nossa volta, é de nossa responsabilidade. Benção por sugerir, simultaneamente, que mudar o mundo está em nossas mãos, e não é tão fácil assim.
Será?... Até então não sei como pensam os covardes, tampouco os Heróis!
Enquanto um sujeito dava choques no homem e fazia perguntas, o outro revirava seus pertences com o bico da bota, espalhando as sacolas plásticas, o cobertor cinzento e um amontoado de miudezas sob a marquise, onde ele se protegia da garoa.
O barulho de matraca da pistola, tec, tec, tec, tec, tec, como a ignição de um fogão que demora a acender, era abafado pelos gritos do mendigo, recebendo descargas na parte de trás das coxas e nas costas. Mais ainda, era abafado pelas vozes na minha cabeça (minha consciência a dizer – era a parte não covarde de minha consciência): “Vai lá!”, dizia-me. “Você que teve pré-natal e fralda descartável, você que estudou em boas escolas, é graduado e até já foi ao cinema. Minha consciência foi mais além, olhando os espectadores em volta. Você, com lentes de contato e livros na estante, você, que veio de uma família estruturada e caminha em direção a um restaurante: vai ficar aí, parado? Anda rapaz faça algo” Porém a outra voz, a voz covarde, me dizia: “Esquece. Não é o caso de peitar dois sujeitos, ainda mais sendo dois desconhecidos, não fazia a menor diferença. E se te jogarem no chão? Se te derem choque com a mesma arma?” A voz corajosa insistia. “É seu dever! E é pouco provável que te batam. Você sabe bem que, desde a redemocratização, a tortura deixou de ser aplicada aos de lentes de contato e livros na estante e ficou restrita aos do outro lado da rua, sob a marquise.”
Olhei a senhorinha, ao meu lado que pronunciou. “Alguma ele aprontou”, disse ela. Então abaixou a cabeça e saiu andando, agarrada a essa frágil certeza trazida pela responsabilização da vítima: afinal, se quem apanha merece, o mundo tem sentido, não vivemos no caos e na barbárie e pode-se voltar para casa com as compras do supermercado. Eu abaixei a cabeça e saí na direção oposta, levando como única certeza a consciência de que devia ter agido, mas tive medo e não fiz nada.
Covardes! Covardes! Eu só não contava que Mestre Paulo de longe fazia algo ligava para a polícia, coisa que não me lembrei, assim como não me lembrei que eu era autoridade, tinha influencia poderia ter mobilizado os espectadores e junto livrarmos o mendigo de tal situação. Lembrei-me depois que Mestre Paulo tinha setenta anos de idade e agia como um garoto. Senti-me mais covarde ainda.
Quando a policia chegou, não tinha mais nada, o mendigo já havia ido embora, os espancadores também. Só os curiosos com as mais estranhas e belas historia assim:
Expectador 1 - Trabalho no Centro e é chocante ver a forma que esta realidade nos persegue, e mais revoltante ainda é a forma como fingimos que nada de anormal esta acontecendo ao nosso redor.
Expectador 2 - Não sei o que dói mais, se é a falta de caráter das autoridades ou então a nossa de engolirmos toda esta mentira de encontramos um pote de ouro no fim do arco-íris.
Expectador 3 - Chocante. Porra! Você é um covarde, mas eu em seu lugar provavelmente também ficaria com medo e não faria nada.
Expectador 4 - Entendo sua angustia. Outro dia, presenciei um carro quase atropelar uma idosa. Esta última bateu no vidro do carro e falou para que o motorista não fizesse aquilo. Ele abaixou o vidro e passou a xingar a idosa de todas as palavras de baixo calão que se possa imaginar. Eu estava a uma distância de cerca de dois metros e sai em defesa da mulher, gritando ao motorista que não podia fazer aquilo. Resultado: ele desceu e veio para cima de mim. Como aparentava uns 45 ou 50 anos, tive a consciência de não golpeá-lo, pois minha superioridade física era maior. Apenas o contive com os braços e passei a segurá-lo. Enquanto ele se debatia tentando me acertar, puxei-o para trás e acabei tropeçando na calçada. Caímos no chão e então vários transeuntes separaram a “briga”. Sabe o que aconteceu? A maioria que presenciou a situação disse que eu fiz o que era certo, pois o homem havia tratado a idosa como um cachorro. Já alguns outros disseram que eu era covarde por ter entrado em conflito físico com um homem mais velho do que eu. No fim, eu e ele tivemos que ir para a delegacia e quase foi aberto um inquérito por lesão corporal, só não foi adiante porque o delegado pediu para que fosse feita uma composição e tudo acabasse ali, que foi o que aconteceu.
As lições que ficaram? Moralmente, não me arrependo do que fiz, pois agi de acordo com o que esperava que alguém fizesse se minha mãe estivesse no lugar daquela idosa. Por outro lado, meu ato não valeu por nada, pois se aquele homem tivesse uma arma no carro, ele poderia ter me matado. Assim, como se eu resolvesse de fato golpeá-lo, ele também poderia estar morto nesta hora e eu preso. A conclusão que tiro é que fazer o que fiz não vale a pena. Não se pode esperar bom-senso das outras pessoas, até porque ainda me lembro das palavras da esposa do motorista, a qual estava no carro: “Você não sabe distinguir uma calçada de um estacionamento, a mulher estava andando no estacionamento”.
Isso me intriga até hoje, pois será que o simples fato de uma pessoa estar andando em um estacionamento dá direito ao motorista de passar por cima dela? Como disse, não se pode esperar bom-senso dos outros. O que tomei de lição é que se eu presenciar um cena daquelas novamente, nunca mais irei intervir. Mesmo sabendo que agi para proteger uma idosa, não valeu a pena o que fiz. Faço este relato para lhe mostrar que sua atitude de ir adiante e não intervir no que os homens estavam fazendo foi acertado, pois você poderia neste momento estar preso, espancado ou até mesmo morto, mesmo tendo agido por um motivo nobre.
Expectador 5- Não devemos esperar pelo bom senso nas pessoas – algumas vezes senti forte ânsia ao presenciar pessoas que justificam o absurdo que cometem exatamente por nem ao menos perceberem a falta que lhes faz o bom senso. Talvez esse seja um mal ainda maior, para essas pessoas além do bom senso também lhes falta a capacidade de compreender o bom senso no outro, isto é, torna-se praticamente impossível discutir ou dialogar amistosamente com pessoas que sofrem disso. São pessoas estúpidas e inconsequentes presentes em todas as camadas e classes sociais, elas estão por aí e podemos sim encontrá-las a qualquer momento seja vestindo um uniforme, atrás de um volante, de uma mesa de escritório, fila de supermercado ou na casa ao lado da sua; na maioria das vezes, se encontrá-las não tente ser heroi, infelizmente, contrariando as regras de Hollywood, o melhor a fazer é mesmo dar as costas e correr. Alguém uma vez me disse que se não houvesse a possibilidade de fuga então a única alternativa possível seria a bestialidade pura, ser mais selvagem que os selvagens que precisará enfrentar – e que vença o pior!
Expectador 6 - Há alguns anos ouvi um diálogo entre dois policiais militares (SP): um dizia que um “lixo” teve a pachora de sair de um baile, de madrugada, e mijar na parede do posto comunitário em que ele, o PM, atua.
Ele pegou o “lixo” pelo colarinho, levou para dentro do posto e, junto com outro PM, aplicaram um corretivo físico no “lixo”.
Dias depois a família do “lixo”, audácia! veio tirar satisfação com os PM do posto, porque o “lixo” havia morrido em um hospital público!; imagina, alguém se importar com aquele “lixo” que ousara mijar na parede do posto!
Somos todos covardes, nos dois sentidos que você aborda!; também não tive “coragem” de interferir na conversa dos PM, porque não sou o “lixo” a que eles se referem, ou porque não foi comigo ou alguém da minha família.
O que nos induz a ser covardes é pensar que os soldados, que são por nós pagos para nos proteger, chamam de lixo pessoas que são como eles (como nós!); e pensar que eles são um microcosmo da sociedade que formamos!; pensar que desta massa que forma a sociedade brasileira há pessoas que são nossos semelhantes!; que convivem conosco no dia a dia!; que se relacionam conosco!; e que um dia serão pessoas com “autoridade” para agir sem limites. Mas também já ouvi relato de um PM aposentado (interior) que disse que tinha escrúpulos e não participava de atos crueis com os “lixos”; fingia que não via; seria ele também um covarde?
Expectador 7 - Tenho até medo de que você vá publicar isso, porque sou covarde, não sei se no bom ou no mau sentido.
Expectador 8 - (representante do fabricante da arma que chegou bem depois do acontecido) O aperto do gatilho do TASER gera um registro, na memória interna da arma, da data e horário (dia, hora, minuto e segundo) do acionamento do gatilho e este registro não pode ser apagado ou alterado.
Se o seu relato é verdadeiro (acredito que seja), basta comunicar o fato ao Comando da Corporação para que seja iniciado um processo, no qual será cotejado o relatório do incidente sobre as ocorrências daquele dia com o relatório dos acionamentos do gatilho da arma TASER naquela mesma data, ou seja, quem disparou o TASER por motivo fútil, banal, desnecessário, não haverá uma explicação que justifique o mesmo…
A arma TASER só deve ser utilizada diante de uma ação do suspeito que coloque em risco a integridade física do policial ou de terceiros. Se o gatilho da arma foi acionado, significa que houve uma ameaça e, em função desta, ocorreu um disparo e, obrigatoriamente, a ocorrência tem que ser registrada em relatório, além do encaminhamento do suspeito para a delegacia, etc.
Para os cidadãos avaliarem a importância da arma TASER, basta fazer a qualquer pessoa as seguintes perguntas:
1 – Você prefere ser abordado por um Policial que esteja usando um TASER ou uma Arma de Fogo?
2 – Se o Policial falhar, se enganar ou imaginar que você seja um bandido – é preferível que o Policial esteja usando um TASER ou uma Arma de Fogo?
3 – Caso ocorra um disparo – você preferiria ser atingido pelo TASER ou por uma Arma de Fogo?
No Brasil, armas TASER já salvaram a vidas de pessoas em centenas de ocorrências policiais. Para tal, basta dar uma olhada na página
Há 500.000 armas TASER na cintura de policiais de 15.000 Departamentos de Polícia de dezenas de países do mundo. No Brasil, cerca de 8.000 armas TASER estão, hoje, sendo portadas por policiais, agentes de segurança de órgãos governamentais e guardas municipais. Dentre os órgãos públicos que utilizam as armas TASER, podemos citar alguns: Polícia do Senado Federal, Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, Departamento de Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Ministério Público da União, Superior Tribunal de Justiça, Polícia Rodoviária Federal, Marinha do Brasil e Polícias Militares e Civis de quase todos os Estados da Federação, além de inúmeras Guardas Municipais, como as do Rio de Janeiro e Fortaleza.
Isso é tudo!!
GERYSMAR FERNANDES (ADAPTAÇÃO)
.
Seguindo essa linha de raciocínio, então, a palavra “covardia” sempre me intrigou, por seus dois significados. Pode ser interpretado tanto como algo violento, que o forte comete contra o fraco, como ser também vista pelo lado da timidez existencial que impede o espectador de interferir quanto presencia a violência. Vendo por esse ângulo, não é injusto pôr no carrasco e na testemunha o mesmo rótulo.
Ia o Mestre num dia de domingo, na Rua do Bosque, em Vilarejo (cidade imaginaria, surgida nos sonhos e devaneios do autor do texto), por volta de 12h00minh (meio dia), dois sujeitos torturaram um morador de rua. No mesmo domingo, na mesma rua, em Vilarejo, por volta de 12h00minh (meio dia), pedestres assistiam calados à tortura.
Um dos pedestres! Eu.
Da calçada oposta, assistindo à cena, parado ao lado de uma senhorinha com sacolas do supermercado, um sujeito “fortão” de camisa regata, vindo não sei de onde e uma garota saindo da mercearia, com um pacote de absorvente nas mãos. Entendi que os dois sentidos da palavra covardia são os lados da mesma moeda: dois pólos, positivo e negativo, sem os quais a corrente da maldade não viaja da intenção ao ato. Portanto só pode existir a covardia do carrasco se a covardia das testemunhas permitirem.
Isso torturou Mestre Paulo durante a noite, não conseguia dormir, as palavras; certo errado, covardia, decência e mais uma infinidade de adjetivos, vinham a sua mente em relampejos que ofuscavam sua mente e seu sagrado sono.
Para torturar o morador de rua, os sujeitos utilizavam um objeto escuro, que parecia um revólver de verdade ou de brinquedo. Observando melhor, não! Nada do que pensava, era uma “Taser” e de brinquedo não tem nada. Alem de baterem no miserável, aquela arma quando disparada a distância, por um dos torturadores lançava dardos presos a fios. Os dardos dão um choque, capaz de derrubar um adulto e deixá-lo imóvel por alguns segundos, Aquela arma até então eu sabia, era usada pela policia. Evita, assim, que seja necessária uma bala de chumbo para desarmar um bandido. Pois bem o problema é que a “Taser” também funciona sem os dardos: seu cano, encostado ao corpo, dá choques elétricos.
Mestre já havia lido nos jornais, havia um bom tempo, que a polícia de alguns estados brasileiros estudavam a adoção da tecnologia. Muito bom que haja uma alternativa à arma de fogo, diziam os otimistas. Muito ruim que haja uma alternativa ao fio desencapado, alertaram os realistas.
Todos aqueles que eram contra, ainda tinham vivo na memória as atrocidade cometida pela forças armadas em Xambioá no Para, na época da guerrilha do Araguaia.
Ao condenar as testemunhas onde eu era uma delas com a mesma pena dos verdugos, a palavra “covardia” as transforma em cúmplices, eu era cúmplice de uma pendenga da qual era mero espectador. Tirando-as da posição de espectadores passivos e lhes dando a responsabilidade pelo ato que está a ser cometido, lhes traz o dever e a possibilidade de intervir. Então eu era um covarde. A palavra tem em si, portanto, o fardo e a benção da modernidade. Fardo por dizer que, haja o que houver à nossa volta, é de nossa responsabilidade. Benção por sugerir, simultaneamente, que mudar o mundo está em nossas mãos, e não é tão fácil assim.
Será?... Até então não sei como pensam os covardes, tampouco os Heróis!
Enquanto um sujeito dava choques no homem e fazia perguntas, o outro revirava seus pertences com o bico da bota, espalhando as sacolas plásticas, o cobertor cinzento e um amontoado de miudezas sob a marquise, onde ele se protegia da garoa.
O barulho de matraca da pistola, tec, tec, tec, tec, tec, como a ignição de um fogão que demora a acender, era abafado pelos gritos do mendigo, recebendo descargas na parte de trás das coxas e nas costas. Mais ainda, era abafado pelas vozes na minha cabeça (minha consciência a dizer – era a parte não covarde de minha consciência): “Vai lá!”, dizia-me. “Você que teve pré-natal e fralda descartável, você que estudou em boas escolas, é graduado e até já foi ao cinema. Minha consciência foi mais além, olhando os espectadores em volta. Você, com lentes de contato e livros na estante, você, que veio de uma família estruturada e caminha em direção a um restaurante: vai ficar aí, parado? Anda rapaz faça algo” Porém a outra voz, a voz covarde, me dizia: “Esquece. Não é o caso de peitar dois sujeitos, ainda mais sendo dois desconhecidos, não fazia a menor diferença. E se te jogarem no chão? Se te derem choque com a mesma arma?” A voz corajosa insistia. “É seu dever! E é pouco provável que te batam. Você sabe bem que, desde a redemocratização, a tortura deixou de ser aplicada aos de lentes de contato e livros na estante e ficou restrita aos do outro lado da rua, sob a marquise.”
Olhei a senhorinha, ao meu lado que pronunciou. “Alguma ele aprontou”, disse ela. Então abaixou a cabeça e saiu andando, agarrada a essa frágil certeza trazida pela responsabilização da vítima: afinal, se quem apanha merece, o mundo tem sentido, não vivemos no caos e na barbárie e pode-se voltar para casa com as compras do supermercado. Eu abaixei a cabeça e saí na direção oposta, levando como única certeza a consciência de que devia ter agido, mas tive medo e não fiz nada.
Covardes! Covardes! Eu só não contava que Mestre Paulo de longe fazia algo ligava para a polícia, coisa que não me lembrei, assim como não me lembrei que eu era autoridade, tinha influencia poderia ter mobilizado os espectadores e junto livrarmos o mendigo de tal situação. Lembrei-me depois que Mestre Paulo tinha setenta anos de idade e agia como um garoto. Senti-me mais covarde ainda.
Quando a policia chegou, não tinha mais nada, o mendigo já havia ido embora, os espancadores também. Só os curiosos com as mais estranhas e belas historia assim:
Expectador 1 - Trabalho no Centro e é chocante ver a forma que esta realidade nos persegue, e mais revoltante ainda é a forma como fingimos que nada de anormal esta acontecendo ao nosso redor.
Expectador 2 - Não sei o que dói mais, se é a falta de caráter das autoridades ou então a nossa de engolirmos toda esta mentira de encontramos um pote de ouro no fim do arco-íris.
Expectador 3 - Chocante. Porra! Você é um covarde, mas eu em seu lugar provavelmente também ficaria com medo e não faria nada.
Expectador 4 - Entendo sua angustia. Outro dia, presenciei um carro quase atropelar uma idosa. Esta última bateu no vidro do carro e falou para que o motorista não fizesse aquilo. Ele abaixou o vidro e passou a xingar a idosa de todas as palavras de baixo calão que se possa imaginar. Eu estava a uma distância de cerca de dois metros e sai em defesa da mulher, gritando ao motorista que não podia fazer aquilo. Resultado: ele desceu e veio para cima de mim. Como aparentava uns 45 ou 50 anos, tive a consciência de não golpeá-lo, pois minha superioridade física era maior. Apenas o contive com os braços e passei a segurá-lo. Enquanto ele se debatia tentando me acertar, puxei-o para trás e acabei tropeçando na calçada. Caímos no chão e então vários transeuntes separaram a “briga”. Sabe o que aconteceu? A maioria que presenciou a situação disse que eu fiz o que era certo, pois o homem havia tratado a idosa como um cachorro. Já alguns outros disseram que eu era covarde por ter entrado em conflito físico com um homem mais velho do que eu. No fim, eu e ele tivemos que ir para a delegacia e quase foi aberto um inquérito por lesão corporal, só não foi adiante porque o delegado pediu para que fosse feita uma composição e tudo acabasse ali, que foi o que aconteceu.
As lições que ficaram? Moralmente, não me arrependo do que fiz, pois agi de acordo com o que esperava que alguém fizesse se minha mãe estivesse no lugar daquela idosa. Por outro lado, meu ato não valeu por nada, pois se aquele homem tivesse uma arma no carro, ele poderia ter me matado. Assim, como se eu resolvesse de fato golpeá-lo, ele também poderia estar morto nesta hora e eu preso. A conclusão que tiro é que fazer o que fiz não vale a pena. Não se pode esperar bom-senso das outras pessoas, até porque ainda me lembro das palavras da esposa do motorista, a qual estava no carro: “Você não sabe distinguir uma calçada de um estacionamento, a mulher estava andando no estacionamento”.
Isso me intriga até hoje, pois será que o simples fato de uma pessoa estar andando em um estacionamento dá direito ao motorista de passar por cima dela? Como disse, não se pode esperar bom-senso dos outros. O que tomei de lição é que se eu presenciar um cena daquelas novamente, nunca mais irei intervir. Mesmo sabendo que agi para proteger uma idosa, não valeu a pena o que fiz. Faço este relato para lhe mostrar que sua atitude de ir adiante e não intervir no que os homens estavam fazendo foi acertado, pois você poderia neste momento estar preso, espancado ou até mesmo morto, mesmo tendo agido por um motivo nobre.
Expectador 5- Não devemos esperar pelo bom senso nas pessoas – algumas vezes senti forte ânsia ao presenciar pessoas que justificam o absurdo que cometem exatamente por nem ao menos perceberem a falta que lhes faz o bom senso. Talvez esse seja um mal ainda maior, para essas pessoas além do bom senso também lhes falta a capacidade de compreender o bom senso no outro, isto é, torna-se praticamente impossível discutir ou dialogar amistosamente com pessoas que sofrem disso. São pessoas estúpidas e inconsequentes presentes em todas as camadas e classes sociais, elas estão por aí e podemos sim encontrá-las a qualquer momento seja vestindo um uniforme, atrás de um volante, de uma mesa de escritório, fila de supermercado ou na casa ao lado da sua; na maioria das vezes, se encontrá-las não tente ser heroi, infelizmente, contrariando as regras de Hollywood, o melhor a fazer é mesmo dar as costas e correr. Alguém uma vez me disse que se não houvesse a possibilidade de fuga então a única alternativa possível seria a bestialidade pura, ser mais selvagem que os selvagens que precisará enfrentar – e que vença o pior!
Expectador 6 - Há alguns anos ouvi um diálogo entre dois policiais militares (SP): um dizia que um “lixo” teve a pachora de sair de um baile, de madrugada, e mijar na parede do posto comunitário em que ele, o PM, atua.
Ele pegou o “lixo” pelo colarinho, levou para dentro do posto e, junto com outro PM, aplicaram um corretivo físico no “lixo”.
Dias depois a família do “lixo”, audácia! veio tirar satisfação com os PM do posto, porque o “lixo” havia morrido em um hospital público!; imagina, alguém se importar com aquele “lixo” que ousara mijar na parede do posto!
Somos todos covardes, nos dois sentidos que você aborda!; também não tive “coragem” de interferir na conversa dos PM, porque não sou o “lixo” a que eles se referem, ou porque não foi comigo ou alguém da minha família.
O que nos induz a ser covardes é pensar que os soldados, que são por nós pagos para nos proteger, chamam de lixo pessoas que são como eles (como nós!); e pensar que eles são um microcosmo da sociedade que formamos!; pensar que desta massa que forma a sociedade brasileira há pessoas que são nossos semelhantes!; que convivem conosco no dia a dia!; que se relacionam conosco!; e que um dia serão pessoas com “autoridade” para agir sem limites. Mas também já ouvi relato de um PM aposentado (interior) que disse que tinha escrúpulos e não participava de atos crueis com os “lixos”; fingia que não via; seria ele também um covarde?
Expectador 7 - Tenho até medo de que você vá publicar isso, porque sou covarde, não sei se no bom ou no mau sentido.
Expectador 8 - (representante do fabricante da arma que chegou bem depois do acontecido) O aperto do gatilho do TASER gera um registro, na memória interna da arma, da data e horário (dia, hora, minuto e segundo) do acionamento do gatilho e este registro não pode ser apagado ou alterado.
Se o seu relato é verdadeiro (acredito que seja), basta comunicar o fato ao Comando da Corporação para que seja iniciado um processo, no qual será cotejado o relatório do incidente sobre as ocorrências daquele dia com o relatório dos acionamentos do gatilho da arma TASER naquela mesma data, ou seja, quem disparou o TASER por motivo fútil, banal, desnecessário, não haverá uma explicação que justifique o mesmo…
A arma TASER só deve ser utilizada diante de uma ação do suspeito que coloque em risco a integridade física do policial ou de terceiros. Se o gatilho da arma foi acionado, significa que houve uma ameaça e, em função desta, ocorreu um disparo e, obrigatoriamente, a ocorrência tem que ser registrada em relatório, além do encaminhamento do suspeito para a delegacia, etc.
Para os cidadãos avaliarem a importância da arma TASER, basta fazer a qualquer pessoa as seguintes perguntas:
1 – Você prefere ser abordado por um Policial que esteja usando um TASER ou uma Arma de Fogo?
2 – Se o Policial falhar, se enganar ou imaginar que você seja um bandido – é preferível que o Policial esteja usando um TASER ou uma Arma de Fogo?
3 – Caso ocorra um disparo – você preferiria ser atingido pelo TASER ou por uma Arma de Fogo?
No Brasil, armas TASER já salvaram a vidas de pessoas em centenas de ocorrências policiais. Para tal, basta dar uma olhada na página
Há 500.000 armas TASER na cintura de policiais de 15.000 Departamentos de Polícia de dezenas de países do mundo. No Brasil, cerca de 8.000 armas TASER estão, hoje, sendo portadas por policiais, agentes de segurança de órgãos governamentais e guardas municipais. Dentre os órgãos públicos que utilizam as armas TASER, podemos citar alguns: Polícia do Senado Federal, Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, Departamento de Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Ministério Público da União, Superior Tribunal de Justiça, Polícia Rodoviária Federal, Marinha do Brasil e Polícias Militares e Civis de quase todos os Estados da Federação, além de inúmeras Guardas Municipais, como as do Rio de Janeiro e Fortaleza.
Isso é tudo!!
GERYSMAR FERNANDES (ADAPTAÇÃO)
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MEU PASSADO
Meu Passado
AUTOR - Dino Franco
Se os dias do meu passado, renascessem novamente...
Eu teria ao meu lado, quem eu amo loucamente...
Meus sonhos teriam vida, meus lábios beijos ardentes...
Eu não padecia mais, afogando os meus ais,
E a dor que meu peito... sente...
Se voltassem meus cabelos, a cor de antigamente...
As rugas que me envelhecem, se acabavam simplesmente...
Minhas pernas enfraquecidas, ficariam resistente...
Eu seguia minha estrada, procurando minha amada,
Que eu perdi para... sempre...
Vai bem longe aquele tempo, que jamais me sai da mente...
Levando a felicidade, que passou tão de repente...
Assim como o vento passa, vai pra outros continentes...
Passou minha mocidade, só deixando por maldade,
A velhice no... presente...
Vivo mergulhado em pranto, a fingir que estou contente...
Carregando um sofrimento, que aos poucos mata a gente...
No silêncio dos meus dias, eu alcançarei somente...
O final da minha estrada, onde eu encontro morada,
Pra morar eternamente...
.
AUTOR - Dino Franco
Se os dias do meu passado, renascessem novamente...
Eu teria ao meu lado, quem eu amo loucamente...
Meus sonhos teriam vida, meus lábios beijos ardentes...
Eu não padecia mais, afogando os meus ais,
E a dor que meu peito... sente...
Se voltassem meus cabelos, a cor de antigamente...
As rugas que me envelhecem, se acabavam simplesmente...
Minhas pernas enfraquecidas, ficariam resistente...
Eu seguia minha estrada, procurando minha amada,
Que eu perdi para... sempre...
Vai bem longe aquele tempo, que jamais me sai da mente...
Levando a felicidade, que passou tão de repente...
Assim como o vento passa, vai pra outros continentes...
Passou minha mocidade, só deixando por maldade,
A velhice no... presente...
Vivo mergulhado em pranto, a fingir que estou contente...
Carregando um sofrimento, que aos poucos mata a gente...
No silêncio dos meus dias, eu alcançarei somente...
O final da minha estrada, onde eu encontro morada,
Pra morar eternamente...
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A VIDA AO CONTRARIO
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
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