Geólogos das universidades de Brasília e do Ceará começaram na terça-feira (11) a rastrear o solo da antiga base militar da Casa Azul, em Marabá, em busca de ossadas de integrantes da Guerrilha do Araguaia.
As escavações, que devem ocorrer a partir de amanhã, incluem nesta primeira fase o sítio Tabocão, em São Domingos do Araguaia, e o antigo garimpo do Matrinxã e a Clareira Cabo Rosa, em Brejo Grande.
Esses locais, apontados como áreas de fuzilamento nas reportagens divulgadas em junho e julho pelo jornal O Estado de S. Paulo, não estavam na lista inicial de pontos que seriam analisados pela expedição montada pelo Ministério da Defesa para buscar corpos — à exceção da Casa Azul.
A decisão do grupo de priorizar essas áreas foi tomada após análise de depoimentos de ex-guias do Exército e moradores.
Eles disseram à ouvidoria da expedição que guerrilheiros foram enterrados nestes pontos.
Responsável pela logística da expedição, o general Mário Lúcio Araújo, da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, elogiou o trabalho da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, que atua em parceria com os militares.
Ele avaliou que as informações recolhidas pela entidade “agregaram valor” ao trabalho de localização de corpos de guerrilheiros.
Dos 14 pontos previstos originalmente para serem escavados, sete foram provisoriamente abandonados até que surjam informações mais concretas.
Até o final de outubro, início das chuvas na Amazônia, o grupo de especialistas ainda rastreará com dois radares do tipo GPR os solos das antigas bases da Bacaba e de Xambioá, a fazenda Grota Fria, a região de Dois Coqueiros, a Base Cabo Rosa e a Reserva Indígena Sororó.
Não está descartada a inclusão de novas áreas de buscas. Além dos geólogos, participam da expedição antropólogos forenses do Instituto Médico Legal de Brasília.
Pela dimensão da guerrilha e da área, o ativista Paulo Fonteles Filho, ligado à Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, defende um trabalho mais prolongado de buscas.
Ele observa que 69 guerrilheiros recrutados nas cidades foram mortos, além de duas dezenas de recrutados na região.
“Temos de ter um trabalho mais permanente de coleta de dados, para localizar um número maior de ossadas”, afirmou.
Para ele, o Ministério da Defesa deve fazer uma parceria de longo prazo com as pessoas da região que estiveram envolvidas no conflito.
Fonteles Filho observou que em algumas áreas, como a Base da Casa Azul, a busca será difícil.
“É como encontrar agulha no palheiro”, disse.
Na avaliação do ativista, a expectativa de achar ossada é maior no sítio do Tabocão, onde teria sido enterrado o guerrilheiro Rodolfo Troiano, uma sepultura apontada pelo ex-guia José Maria Alves da Silva, o Zé Catingueiro.
O dirigente do PCdoB, Aldo Arantes, que integra a expedição, voltou a pedir que o Ministério da Defesa ouça oficiais da reserva que participaram dos combates à guerrilha.
“O trabalho do ex-guias ajuda, mas tem limites. Há casos em que os militares não permitiram a presença desses mateiros no sepultamento dos guerrilheiros”, observou. “Na Casa Azul, por exemplo, é certo que pessoas foram enterradas. Mas é certo também que ocorreu uma operação limpeza, de retirada de ossadas anos depois”, disse.
As informações são da Agência Estado
BUSCA INCESSANTE AOS RESTOS MORTAIS DE NOSSOS IRMAOS QUE MORRERAM EM BUSCA DA LIBERDADE
sábado, 6 de março de 2010
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1 comment
Qual liberdade? A do modelo cubano, ou o soviético. Melhor o do socialismo africano? Não concordo com a ditadura militar, mas também discordo do nosso modelo esquerdista.
27 de dezembro de 2013 às 08:23Postar um comentário