BERRANTE CHORADOR!
Pelo pantanal afora
Um berrante solitário chora
Em repiques a melodia
Do nascer ao morrer da aurora
A sua amada que ficou tão distante
Em relampejos ofuscantes
Projeta-se pelos campos
Seu pensamento vai e volta num instante
Pela grama verdejante
Cai a chuva que vem florir
Os campos que Ele criou
Sua mente se desfaz
Em pensamentos solitários
A saudade que tem dela
È o seu maior calvário
Pensa que para existir
Precisa acreditar
Nos sonhos que geram atitudes
E nos gozo da realidade
È preciso amor para existir
È preciso sonhos para viver
È preciso a vida, para depois morrer!
Em sagas e devaneios
Sente a hora do amor
Porem não sabe difundir
A idéia do amar
Age como se fosse o único inanimado ser
Que vaga pelas campinas
Escravo do seu proceder.
Nestas horas de aflição seu berrante chorador
Toca uma triste canção,
Lembranças de um grande amor
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